A Harvard Business Publishing perguntou a um grupo de autores e professores sobre suas experiências com o uso de simuladores empresariais na sala de aula. As suas respostas indicam que as simulações desafiam os alunos a analisarem as informações disponíveis e tomarem decisões críticas para resolver os desafios do negócio. Embora algumas vezes percebidos apenas como ‘vídeo games’ (no sentido que visa apenas a diversão), os melhores simuladores permitem que estudantes experimentem ideias e integrem e dominem conceitos para aplicação em situações reais.

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O que fazem os simuladores empresariais para o aprendizado do aluno que outros métodos não fazem?

Prof. Luerhman: Uma simulação estimula a participação ativa dos alunos. Eles estão desempenhando um papel importante, não apenas analisando ou simplesmente lendo. Eles tomam decisões e visualizam os seus impactos na resposta de outros jogadores e o resultado da simulação. Simuladores empresariais geram muito mais energia entre os estudantes do que a metodologia tradicional ou palestras e discussões de casos.

Prof. Ernst: Com simulações, os alunos podem explorar o impacto de múltiplas decisões ao mesmo tempo. Também propicia aos alunos validarem o seu senso comum em relação a uma situação particular.

Prof. Shih: Uma simulação forçará os alunos a sintetizar e integrar o que leem e tomar decisões com base em fatos reais ou dados apresentados no  ambiente. Simulações dão aos alunos uma dimensão temporal, uma oportunidade de experiência de resultados que mudam com base em suas escolhas ao longo do tempo.

Prof. Roberto: Simulações fornecem uma maneira de oferecer algumas variedades em pedagogia. Fornecem, também, um rápido feedback sobre a tomada de decisão do aluno que é tão crítica para a sua aprendizagem.

Prof. Casadesus-Masanell: É divertido para os alunos. Não há muita preparação prévia por parte deles e isso quebra a rotina. A simulação permite que os alunos sintam em sua própria pele a experimentação de ideias novas. É muito diferente de uma aula tradicional.

Profa. Edmondson: Um simulador requer ações e decisões. Os alunos estão todos misturados, tendo uma experiência real diferente ao ler sobre determinado caso. Simuladores baseados em equipes são de grande valia, pois fazem com que os alunos lidem com a dinâmica de grupos – assim como na vida real.

 

Como os alunos reagem ao uso de simuladores empresariais?

Prof. Austin: Os alunos não querem parar de jogar. Eles jogam de forma muito diferente uns dos outros. Alguns quebram, erram, executam as tarefas e tomam decisões muitas vezes rapidamente. Outros se movem muito mais lentamente, deliberadamente, pensam cuidadosamente, estudando o que acontece.

Prof. Ernst: Estudantes gostam de ganhar. Uma simulação bem conduzida pelo moderador inclui elementos de competição que os incentivam a lutar e a impressionar os seus colegas de turma  durante o aprendizado!

Prof. Shih: Os alunos me disseram que os simuladores os obrigam a integrar e aplicar o material que eles aprenderam. A oportunidade de experimentar as coisas, de testar uma hipótese e receber feedback imediato dá,  ao simulador, uma dimensão que não é possível de se obter a partir de um caso isolado.

Prof. Casadesus-Masanell: Quando utilizei o simulador pela primeira vez, eu não conseguia imaginar a energia que traria para a classe. Já utilizei os simuladores empresariais no MBA e em Educação Executiva e o  nível de discussão é diferente do que com casos. As pessoas ficam muito mais emocionalmente envolvidas e competitivas – elas ficam envolvidas e o nível/curva de aprendizagem aumenta.

 

Qual foi a maior surpresa acerca do uso de simulações em suas classes?

Prof. Luerhman: Estou muito surpreendido com a amplitude da vivência dos alunos. Os alunos falam sobre o que eles fizeram no durante a utilização do simulador e o que eles mais aprenderam jogando,  mostrando que a experiência é um pouco diferente para todos.

Prof. Austin: A maior surpresa é que nós absorvemos uma grande quantidade de aprendizado mesmo quando os resultados são bem diferentes nas várias rodadas da simulação.

Prof Ernst: Fico impressionado com o quanto os alunos gostam de usar simulações. Esta é uma excelente forma para transmitir conceitos em um ambiente muito amigável. Quando seguido de uma boa sessão de esclarecimentos, a aprendizagem obtém um significado diferente.

 

Para os professores que ainda não experimentaram o uso do simulador, qual é a única coisa que você diria para convencer a experimentar um?

Profa. Edmondson: Os alunos adoram. É difícil conseguir que eles parem de falar sobre a simulação, eles querem falar sobre suas experiências e fazer mais e mais rodadas. Eles se divertem, comprometem-se, dão risadas e se surpreendem. É memorável. É marcante.

Prof. Luerhman: Seus alunos irão agradecer pela experiência.

Prof. Austin: Eu diria “Espere só até ouvir o debate dos alunos após terem participado da simulação”. É emocionante, realmente, as diferentes questões em que o simulador lhes dão acesso. Este é um  aspecto realmente importante: A força educadora está no questionamento. Um simulador não é a mesma coisa que um curso on-line. Em vez disso, é uma forma de levar os alunos a falar sobre o que você precisa para ensiná-los.

Prof. Roberto: Penso que uma boa simulação oferece oportunidades para um debate rico e aprendizado valioso, mesmo se os resultados das equipes não forem os previstos. Penso, também, que a diversidade de resultados representa um dos pontos fortes de uma boa simulação.

Prof. Shih: Experimente, jogue com uma versão de demonstração, você vai ver que o seu nível de conforto aumentará rapidamente com um pouco de experiência. Falei com alguns usuários da faculdade de Harvard que já utilizam simuladores e observei que uma vez feita a imersão, eles rapidamente percebem o valor pedagógico da metodologia, fazendo com que aumente rapidamente o nível de conforto e confiança.

Conteúdo livremente traduzido. Título Original: Teaching with Simulations. Fonte: http://cb.hbsp.harvard.edu/cbmp/pages/content/simulationsfeature.

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