É evidente que a tecnologia está transformando e abrindo diversas possibilidades de crescimento na sociedade em que vivemos atualmente. Os números mostram que as pessoas estão utilizando a tecnologia cada vez mais. Segundo uma pesquisa realizada, em 2015, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil supera marca de 100 milhões de internautas, subindo para 57,5% a porcentagem de pessoas que navegam na rede.
Dessa forma, cabe aos professores saber utilizar essa realidade da maioria dos jovens para oferecer um ensino mais dinâmico e interativo. Os avanços tecnológicos vieram para acrescentar na educação, pois além de possibilitarem que as aulas sejam mais atraentes, melhoram o rendimento dos alunos. As ferramentas digitais proporcionam agilidade nas atividades, uma aproximação enriquecedora entre professor e aluno e respeita a individualidade de cada estudante.
O ensino híbrido é um método muito eficaz que objetiva a personalização do ensino, visto que une tecnologia com aprendizado. Para entender o que é, como funciona e quais são os principais modelos de aplicação, continue lendo o post e confira!
O que é Ensino Híbrido?
Também conhecido como blended learning, esse método se caracteriza por mesclar dois modelos de aprendizagem: o presencial e o on-line. No primeiro temos o ensino tradicional, na sala de aula e no segundo trata-se de um ensino que utiliza as tecnologias digitais.
Assim, o objetivo principal desse novo modelo de educação é garantir que tanto professores quanto estudantes possam ensinar e aprender em lugares distintos, levando o ensino para além da sala de aula.
Dessa maneira, o aprendizado se torna mais abrangente e produtivo, pois no ambiente on-line o aluno poderá estudar sozinho e aproveitar para aprender de diversas formas. Enquanto o ambiente off-line (sala de aula) será reservado para discutir conteúdos, estudar em grupo e ter um aprendizado coletivo com a mediação do professor.
Nesse sentido, a ideia principal desse método é que os dois modelos (presencial e on-line) se complementem para oferecer diferentes maneiras de aprender e de ensinar um conteúdo. O ensino híbrido é muito importante para um aprendizado mais proveitoso para os jovens dos dias atuais, pois:
- desperta o interesse pelo ensino e a atenção dos alunos, já que estão cada vez mais conectados à internet;
- faz um acompanhamento individual de cada estudante para que seja dada uma atenção específica para cada caso;
- democratiza o conhecimento, pois o aluno pode acessar o conteúdo de onde ele esteja, além de poder participar mais da aula com suas opiniões e ideias.
Como surgiu esse método de ensino?
O ensino híbrido surgiu, em 2014, a partir da organização de um grupo de experimentações realizada pelo Instituto Península e pela Fundação Lemann. Nesse grupo 16 professores de 4 estados do Brasil (Rio Grande do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro) participaram.
O objetivo dessas experimentações foi permitir que os professores analisassem os resultados dessas novas formas de atuação no desempenho dos alunos. Logo, desafios foram propostos aos professores para que fizessem uma reflexão sobre o uso da tecnologia nas ações de personalização.
Nesses desafios (que podem ser encontrados aqui, no item “Sua Vez”) os educadores precisaram registrar sua atuação em sala, por meio de filmagens, para depois discutir com o tutor sobre a mesma.
Os resultados obtidos nas reflexões sobre a prática são encontrados em textos produzidos pelos próprios professores. Faz-se relevante ressaltar que os textos foram organizados em videoaulas e em uma publicação (BACICH et al, 2015).
Como implementar o ensino híbrido na sala de aula?
Antes de qualquer passo inicial para aplicar o método na escola, é necessário ter alguns cuidados e, principalmente, saber qual tipo de tecnologia será necessária. Implementar um modelo de ensino como o híbrido não é simplesmente fazer uma troca de livros didáticos e giz pelas ferramentas digitais. É preciso ir muito além e repensar toda a aula para que haja uma relação das tecnologias no plano de ensino. Conheça os modelos de aplicação mais utilizados:
Laboratório Rotacional
Nesse modelo os estudantes utilizam o espaço da sala de aula e do laboratório. Assim, dois grupos de alunos são divididos, ficando um no laboratório e outro no ambiente que o professor determina, que normalmente é a sala de aula. Em seguida, após o tempo proposto, os grupos trocam de ambientes. Por fim, o objetivo é usar métodos distintos para compreender o conteúdo da aula.
Sala de aula invertida
O próprio nome diz do que se trata. Nesse modelo, a lição de casa é feita em sala e a aula é feita em casa, ou seja, os alunos estudam o conteúdo em casa, no formato on-line, e a sala de aula é utilizada para realizar atividades, apresentações e debates com o professor. A sala de aula invertida é muito importante para contextualizar o aprendizado, o que torna mais fácil o entendimento dos temas trabalhados.
Rotação Individual
Nesse método o aluno terá uma lista de propostas de conteúdos que poderá ser estudada na plataforma digital. É uma lista geralmente elaborada pelo professor, que busca pensar as dificuldades de cada estudante.
Quais os principais desafios e dificuldades na implementação do ensino híbrido?
Para que ações de personalização no ensino sejam eficazes é preciso se atentar sobre alguns requisitos. É fato que muitos professores não têm acesso à tecnologia e, portanto, terão dificuldades para utilizar ferramentas digitais. Desse modo, necessário se faz pensar em estratégias para levar informações ao professor.
Além da importância da formação dos profissionais, o ideal é fazer algumas mudanças, como, por exemplo: na infraestrutura educacional, nos modos de avaliação, no currículo e nas práticas de sala de aula. Investir para que as tecnologias sejam utilizadas na personalização do ensino é garantir ganho tanto para os professores quanto para os alunos.
Qual o papel dos professores e dos alunos nesse novo formato de ensino?
Com o modelo de ensino híbrido o espaço da sala de aula se mescla com o espaço on-line, possibilitando a maior participação do aluno no processo de ensino e de aprendizagem. Assim, professores e alunos passam a ter papéis diferentes quando comparado ao ensino tradicional. As aulas nesse método possibilitam uma participação maior dos alunos e o envolvimento com as tecnologias.
O professor que antes exercia o papel central na sala de aula passa a ser um mediador do conhecimento. Enquanto os alunos que apenas recebiam informações, passam a oferecer, já que estudam em casa para contribuir com suas ideias na aula.
Sendo assim, o ensino híbrido tem como proposta metodológica incentivar a interação, a colaboração e a troca de informações entre professor e aluno, o que torna o conhecimento mais participativo e democrático.
Você curtiu o post sobre o ensino híbrido? Então aproveite a visita em nosso blog e leia agora mesmo o texto sobre os avanços tecnológicos na educação para saber mais sobre o assunto!
Citei você em meu trabalho acadêmico e preciso colocar a fonte, mas no blog só consta “por Marcelo”. Como faço?
Oi, Eliane. Quem escreveu esse post foi Marcelo Scienza. Um abraço.
Como faço para citar você em meu trabalho, pois o blog não mostra fonte.
Gostei muito do texto,pois é de suma importância para o nosso crescimento profissional.
Gostei do texto e certamente vai me ajudar bastante, vou usar essa metodologia pela primeira vez no ensino superior do curso de Psicologia. estou com dificuldade de organizar o plano de ensino!
Gostei muito para mim é algo novo estou recentemente na educação, e preciso aprender muito sobre metodos e formas de ensino.
Obrigada
Muito bom!
Esse método é uma excelente saída para esse momento de pandemia,onde procuramos formas diferentes para enfrentar o retorno das aulas sem aglomerar alunos e tentando manter um mínimo de segurança…pois segurança mesmo só teremos com o surgimento da vacina.