A qualquer tempo da fase escolar, das séries iniciais aos cursos profissionalizantes, os alunos precisam ser provocados a desenvolver habilidades específicas. Quanto mais cedo eles forem capazes de resolver problemas simples do cotidiano, mais rápido entrarão no contexto como protagonistas do próprio conhecimento.

Porém, se a sua turma já é de nível superior e não corresponde com autonomia e desenvoltura às situações propostas, nada de pânico! Saiba que o conjunto de habilidades nas diversas áreas sempre pode ser aprendida e praticada.

Então, você quer ficar por dentro das dicas sobre como tornar as aulas mais significativas na sua turma? Acompanhe nosso artigo a seguir!

Entenda o que são habilidades

Falando de forma bem resumida, as habilidades significam nada mais nada menos do que saber fazer. Mas é importante ficar atento! Nem sempre a capacidade de fazer certas atividades garante o sucesso na aprendizagem.

Vejamos o seguinte exemplo: um aluno pode ser excelente nas diferentes operações matemáticas, como somar, subtrair, multiplicar e dividir. No entanto, de que vão adiantar todas essas habilidades se ele não for capaz de resolver as situações-problema com tais operações?

Assim, é possível concluir que esse processo está relacionado à resolução de situações mais complexas. Nota-se, então, que a capacidade física e mental para determinada habilidade é parte desse processo.

Dessa forma, vale citar que as diversas habilidades estão inseridas em um contexto que incluem a identificação de variáveis e a compreensão de fenômenos, além da capacidade de relacionar informações, sintetizar, julgar e manipular formações ou conceitos.

Relacione habilidades a competências

É fácil perceber que, para fazer diferença na vida das pessoas, o conceito de habilidades precisa estar diretamente relacionado a competências. Somente a partir da compreensão das tarefas desenvolvidas será possível ser competente em algo – como resolver as situações mais complexas num determinado contexto.

Então, quando o aluno faz algo e faz bem, aí sim ele é competente no assunto. Nesse estágio, as aulas passam a ser mais significativas, pois o indivíduo já começa a fazer relação com a sua vivência. Assim, os resultados chegam cada vez mais de forma promissora.

Portanto, esse pode ser o melhor caminho a ser percorrido, principalmente nos cursos profissionalizantes e de nível superior. Nesses casos, há maior necessidade de desenvolver o perfil exigido pelo mercado de trabalho, como a capacidade para resolver conflitos, o espírito de iniciativa e de autonomia.

Proponha dinâmicas tecnológicas na turma

Para motivar os alunos, é imprescindível que o professor também desenvolva suas habilidades enquanto profissional. Além de manter uma boa organização e planejamento das aulas, outra dica valiosa é ficar por dentro das inovações tecnológicas. Atualmente, várias opções surgem como forma de complementar uma boa aula.

E, claro, a tecnologia não poderia ficar de fora da área de educação. Um bom exemplo disso são os Moocs (Massive Online Open Courses). Eles são cursos online oferecidos gratuitamente por instituições de renome. Em geral, são apresentados temas específicos por meio de vídeos e com debates ao vivo.

As opções de dinâmicas aumentam a cada dia. Alguns termos em inglês como Blended Learning e Gamification mostram que levar recursos tecnológicos e lazer para a sala de aula aumentam a capacidade de se desenvolver habilidades.

Outra dica de ouro é transformar a sala de aula em um espaço semelhante a um vídeo game, pois, segundo estudiosos, algumas características específicas dos jogos os tornam tão atraentes. Para isso, experimente algumas delas:

  • premiações — Como nos games, você pode estabelecer pontos extras em casos de acertos;
  • tentativas — Por vezes, um fã de jogos eletrônicos é instigado a tentar estratégias diferentes até subir de nível. Faça o mesmo;
  • caminhos diferentes — Dificilmente um jogo apresenta apenas um caminho para o vencedor. Então, mostre que vários caminhos na escola também podem levar ao sucesso!

Descubra técnicas para desenvolver habilidades

Agora você deve estar se perguntando como é desafiadora a tarefa de mediar a formação de jovens, não é verdade? Porém, com algumas técnicas de trabalho e atividades dinâmicas logo você poderá constatar que os alunos só precisam de estímulos. O resto fica por conta deles!

Primeiramente, o modelo de educação tradicional está ficando ultrapassado. Afinal, pode até ser que o aluno alcance maiores notas com a memorização e a repetição de conteúdos. Mas somente boas notas estão longe de transformar um indivíduo de forma integral, não é mesmo?

Então, pode ser a hora de buscar técnicas e alternativas que contribuam de forma completa para a formação dos seus alunos. Atualmente, existem diversas plataformas que oferecem jogos interativos online, simuladores de prática dentro da área estudada, entre outros.

Além de uma aula dinâmica, vale convidar o aluno a se voltar de maneira mais significativa para a realidade que o cerca como forma de desenvolver habilidades. Busque estimular o desenvolvimento de competências socioemocionais.

A importância das competências socioemocionais

É justamente por meio das competências socioemocionais que o indivíduo demonstra sua imensa capacidade no processo contínuo de aprendizagem. Dentro dessas competências, as crianças e os adultos têm a possibilidade de praticar as melhores atitudes para lidar com as emoções.

Eles projetam os objetivos a serem alcançados, são capazes de se colocar no lugar do outro, manter relações sociais positivas e tomar decisões com responsabilidade.

Assim, tais competências podem ser utilizadas no campo da elaboração das práticas pedagógicas de maneira mais justa e eficaz. Essa prática pode explicar, ainda, o fato de crianças de uma mesma classe apresentarem resultados tão diferentes.

A nova visão não substitui as antigas projeções

Embora esse processo seja encarado com uma oportunidade de contribuir para a formação integral do alunos, de modo algum ele substitui as competências clássicas. Ao contrário, ela contribui para complementar os objetivos a serem alcançados, que vão além da transmissão de conteúdos.

Dessa forma, é preciso incluir de forma intencional as competências socioemocionais. São elas que vão dar novo sentido às competências cognitivas como interpretar, refletir e generalizar aprendizados.

Conforme o escritor jornalista americano Paul Tough defende em seu livro “Uma questão de caráter”, o sucesso acadêmico está mais diretamente relacionado ao otimismo, resiliência e rapidez na socialização do que ao bom desempenho na fase escolar.

Por isso, a sua importância pode ser percebida a qualquer tempo. Ainda de acordo com o escritor, tais habilidades podem ser aprendidas, praticadas e mesmo ensinadas tanto no ambiente escolar como no meio familiar.

Incentive a autoanálise entre os alunos

Numa era em que a diversidade tem sido amplamente discutida nas instituições de ensino, vale destacar tamanha a complexidade da humanidade. Por isso, é muito importante incentivar os alunos a fazerem uma autoanálise e, dessa forma, levá-los a descobrir a dimensão de seus potenciais cognitivos.

Certamente, com o devido planejamento, será possível conduzir os alunos ao caminho da descoberta. Por exemplo, enquanto aprendem, eles podem descobrir o que mais gostam de estudar e de que forma o aprendizado é mais eficaz.

Aliás, mais do que isso! Quando eles percebem o que é capaz de fazê-los desistir ou identificam os seus erros, assim como quais emoções os dominam diante de um fracasso, eles podem, mais facilmente, identificar e batalhar para alcançar seus sonhos.

E então, gostou das nossas dicas de como desenvolver habilidades específicas no seu aluno? De brinde, eles ainda vão sair do curso com uma dose a mais de autoconhecimento e uma formação integral, não é mesmo? Aproveite para compartilhar as dicas nas redes sociais e divulgar as sugestões para seus amigos!

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